Saúde mental – Janeiro Branco

Os cuidados com a saúde mental têm sido uma prioridade para você?

Janeiro branco: mês de conscientização da saúde mental e emocional.

“A felicidade não é algo pronto. Ela vem de suas próprias ações.” Dalai Lama.

O mês de janeiro marca o início de um novo ciclo, por isso, é comum que as pessoas estejam mais propensas a pensarem sobre a vida, suas relações sociais, condições financeiras e saúde de uma forma geral. Culturalmente e simbolicamente, os inícios nos fazem traçar novos objetivos, como uma tela em branco, pronta para novos acontecimentos. O Janeiro Branco ressalta que os cuidados com a saúde mental e sentimentos devem ser prioridade.

Praticar atividade física, manter uma rotina de sono adequada e reservar tempo para o lazer, para família, amigos e para desenvolver sua fé e outras atividades que lhe tragam prazer são práticas fundamentais.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”.

O que é saúde mental?

A saúde mental inclui nosso bem-estar emocional, psicológico e social. Ela afeta como pensamos, sentimos e agimos, e ajuda a determinar como lidamos com o estresse, nos relacionamos com os outros e fazemos escolhas em nossa vida.

Saúde mental é um estado de bem-estar mental que permite que as pessoas lidem com o estresse da vida, percebam suas habilidades, aprendam bem e trabalhem bem, e contribuam para sua comunidade. É um componente integral da saúde e bem-estar que sustenta nossas habilidades individuais e coletivas de tomar decisões, construir relacionamentos e moldar o mundo em que vivemos. Saúde mental é um direito humano básico. E é crucial para o desenvolvimento pessoal, comunitário e socioeconômico.

Saúde mental é mais do que a ausência de transtornos mentais. Ela existe em um continuum complexo, que é vivenciado de forma diferente de uma pessoa para outra, com graus variados de dificuldade e sofrimento e resultados sociais e clínicos potencialmente muito diferentes.

Determinantes da saúde mental

Ao longo de nossas vidas, diversos determinantes individuais, sociais e estruturais podem se combinar para proteger ou prejudicar nossa saúde mental e mudar nossa posição no continuum da saúde mental.

Fatores psicológicos e biológicos individuais, como habilidades emocionais, uso de substâncias psicoativas e nossa genética, podem tornar as pessoas mais vulneráveis ​​a problemas de saúde mental.

A exposição a circunstâncias sociais, econômicas, geopolíticas e ambientais desfavoráveis ​​— incluindo pobreza, violência, desigualdade e privação ambiental — também aumenta o risco de as pessoas apresentarem problemas de saúde mental.

Riscos podem se manifestar em todos os estágios da vida, mas aqueles que ocorrem durante períodos sensíveis ao desenvolvimento, especialmente na primeira infância, são particularmente prejudiciais. Por exemplo, pais severos e castigos físicos são conhecidos por prejudicar a saúde infantil e o bullying é um fator de risco importante para alterações na saúde mental.

Fatores de proteção ocorrem similarmente ao longo de nossas vidas e servem para fortalecer a nossa resiliência. Eles incluem nossas habilidades e atributos sociais e emocionais individuais, bem como interações sociais positivas, educação de qualidade, trabalho decente, moradia segura, entre outros.

Riscos à saúde mental e fatores de proteção podem ser encontrados na sociedade em diferentes escalas. Ameaças locais aumentam o risco para indivíduos, famílias e comunidades. Ameaças globais aumentam o risco para populações inteiras e incluem crises econômicas, surtos de doenças, emergências humanitárias e deslocamento forçado em casos de guerra e a crescente crise climática.

A maioria das pessoas não desenvolve uma condição prejudicial à saúde mental apesar da exposição a um fator de risco e muitas pessoas sem nenhum fator de risco conhecido ainda desenvolvem uma condição que prejudica a saúde mental.

Prejuízos das doenças mentais

Como na saúde física, esses transtornos têm múltiplas causas e uma grande variedade de sintomas, manifestando-se de maneira diferente em cada indivíduo. Mas uma coisa é clara, em desequilíbrio, a saúde mental afeta todas as áreas da vida e compromete até mesmo a saúde física com o desenvolvimento inclusive de doenças crônicas.

Uma em cada oito pessoas vive com alguma doença ou transtorno mental no mundo. Ansiedade e depressão são os mais comuns e chegam a representar 60% dos casos. Enquanto os jovens estão especialmente sujeitos à ansiedade, os mais velhos convivem mais com depressão, segundo dados do último Relatório sobre Saúde Mental no Mundo, publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

As consequências do adoecimento mental envolvem desde o aumento dos gastos com saúde e a queda na produtividade econômica, em razão de afastamentos do trabalho, até a perda de vidas.

De forma geral, o adoecimento mental se manifesta a partir da associação de múltiplas causas, que podem incluir hereditariedade, desequilíbrio neuroquímico, exposição a condições estressantes (sociais, econômicas e culturais), dificuldade em lidar com emoções, uso de drogas lícitas ou ilícitas e vivência de traumas.

Cuide-se

Para ter saúde mental, é preciso fazer o manejo do estresse e respeitar os próprios limites nos mais variados aspectos da vida, não apenas na relação entre trabalho e descanso, na relação matrimonial, na relação com amigos etc. Além disso, é essencial fortalecer alguns pilares na vida:

Exercício físico: favorece o bem-estar mental;

Espiritualidade: relativa à crença em algo que transcende o físico, mas não significa necessariamente religiosidade. Há evidências de que a espiritualidade está associada a maior positividade diante da vida e, consequentemente, a menores níveis de estresse, depressão e suicídio;

Sono: bons hábitos de sono levam a um descanso reparador, necessário tanto para a saúde física quanto mental;

Alimentação balanceada: evite produtos industrializados e com excesso de gordura e açúcar. Oscilação na glicemia pode interferir no humor e na disposição;

Autoconhecimento: a psicoterapia pode ajudar a aliviar traumas, definir melhor objetivos de vida e desenvolver estratégias e recursos para lidar com situações adversas;

Relações interpessoais: interações sociais positivas geram bem-estar e favorecem a formação de uma rede de apoio, que é um antídoto contra depressão, especialmente na velhice.

Estas informações fornecem uma visão geral e podem não se aplicar a todos. Consulte seu médico ou psicólogo para saber se são aplicáveis ao seu caso e para obter mais detalhes do assunto.

Referências

1- Word Health Organization. Mental health. 17 June 2022.

2- Abrahão, L. Janeiro Branco 2022: O mundo pede saúde mental! Instituto Janeiro Branco.

3- Saúde Mental de Janeiro a Janeiro. Conselho Federal de Psicologia. 10/01/2023. 4- Costa, J. Ansiedade e depressão são os principais vilões da saúde mental. Institucional. Senado Federal. Secretaria Integrada de Saúde. 28/11/2023.

Autor: Dr. Sílvio Marques Pessoa – CRM: MG 16032
Uberlândia – MG, 13 de Janeiro de 2025

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